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Cinco dias de revolução e o movimento continua a crescer em tamanho e em intensidade. Na última noite, o toque de recolher foi ignorado e hoje há mais pessoas nas ruas do que ontem. Um novo toque de recolher foi decretado a partir das 16h (horário egípcio), mas este é tão inútil quanto o primeiro. Antes mesmo do toque de recolher iniciar, um número ainda maior de manifestantes estava tomando as ruas.

As chamas da fúria estão se espalhando por todo o Egito, e nada pode detê-las. O destino do regime de Mubarak está na corda bamba. Hoje (28/01) houve confrontos violentos nas ruas do Cairo e de outras cidades egípcias – a luta pelo poder entrou numa nova fase. Os protestos foram convocados após as orações de sexta-feira. O regime alertou: todos os protestos serão reprimidos com força total por parte do Estado. O palco estava preparado para um confronto dramático.

As manifestações de massa exigindo a renúncia do presidente Hosni Mubarak continuam intensamente desde terça-feira em várias cidades, incluindo Cairo e Suez.Fontes do Debkafile* informam que a situação do Cairo na quarta-feira foi extremamente tensa após milhares de manifestantes saírem às ruas e percorrerem o caminho da Praça Tel Talat Harb até a Praça da Libertação no centro da cidade, onde 30 mil manifestantes haviam protestado na terça-feira.

O dia 26/1 foi marcado por manifestações ainda mais massivas em toda a Tunísia contra o Governo de ‘Unidade Nacional’, cujos principais ministros provêm do odiado governo do ditador Ben Ali, que foi forçado pelas massas a fugir do país duas semanas antes.

Uma tensa calma paira sobre o Cairo após os atos de ontem. Mas a trégua não durará. À noite, em protesto à violência policial, cerca de 15 mil pessoas permaneceram na Praça da Libertação. A mídia fala de 3 mortos, 1 policial. O número real pode ser maior.

Acontecimentos dramáticos estão se desenvolvendo no Oriente Médio. Hoje (terça-feira), o Egito foi sacudido por uma onda de manifestações em todo o país exigindo o fim do regime de Mubarak, que oprime o povo dessa admirável nação já há quase 30 anos. Este foi o maior movimento de protesto que o Egito já viu em décadas. No Cairo e em outras cidades, milhares de manifestantes anti-governo saíram às ruas e lutaram contra a polícia.

O movimento revolucionário do povo tunisiano é uma inspiração e exemplo para todo o mundo. Há mais de uma semana a Tunísia está vivendo uma revolução de dimensões épicas que acaba de derrubar o ditador Zine al-Abidine Ben Ali depois de 23 anos no poder.

Este texto inclui um relato sobre um debate acontecido em Cuba no final do ano passado. Trata-se de um tema candente para todo revolucionário e socialista, tendo em vista as últimas medidas tomadas pelo governo Cubano, dirigido por Raul Castro. No dia 03 de novembro, teve início em Havana uma conferência de três dias sobre o “Socialismo do Século XXI” que foi organizada pelo centro de estudos “Cuba, teoria e sociedade”, sob patrocínio do Instituto de Filosofia de Havana. Entre um pequeno número de convidados estrangeiros esteve o editor do site “In Defense of Marxism” (marxist.com), Alan Woods. Publicamos aqui o relato escrito por Alan em

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O caso de Julian Assange tem sido objeto de intensa especulação e controvérsia nos meios de comunicação e também entre os setores da esquerda. A fim de se ter uma posição correta, necessita-se abrir caminho através da névoa da propaganda e das mentiras, separar o essencial do secundário e distinguir o que é progressista do que é reacionário.

Duas décadas se passaram desde que Francis Fukuyama publicou um livro intitulado 'O Fim da História e o Último Homem', proclamando o triunfo definitivo da economia de mercado e da democracia burguesa.Esse argumento parecia estar confirmado por quase 20 anos de mercados em alta e virtualmente ininterrupto crescimento econômico. Políticos, responsáveis pelos bancos centrais e empresários de Wall Street estavam convencidos de que finalmente tinham domesticado o ciclo econômico de auges e recessões.

O mundo foi abalado por grandes vazamentos de documentos secretos através do site Wikileaks. Primeiro publicando milhares de relatórios militares dos EUA sobre as guerras no Afeganistão e Iraque. Agora publicou milhares de correspondências diplomáticas.

Faz 30 anos que foi morto John Lennon. Por ficar contra a Guerra do Vietnã, por sua oposição ao Governo Nixon e seu apoio aos Panteras Negras, John quase foi deportado dos EUA. Há quem diga que seu assassinato por um fã obcecado tenha sido obra da CIA. O ex-Beatle, que chegou a ser investigado pelo FBI, classificou sua canção de maior sucesso, 'Imagine', como 'Anti-religião, anti-convencional, anti-nacionalista e anti-capitalista'. Publicamos aqui um artigo de um camarada inglês, Steve Jones, escrito por ocasião dos 25 anos do assassinato de John Lennon, em 8 de Dezembro de 2005.