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O bombardeio brutal da Cidade de Gaza, com um enorme número de mortos – bem mais dos 11 mil oficialmente registrados até agora, com mais 3 mil desaparecidos – e a destruição maciça de infraestruturas, o bombardeio de hospitais, escolas, campos de refugiados, o ataque a ambulâncias e ao pessoal de serviços médicos, tudo isso realça a barbárie do ataque do exército israelense ao povo palestino.

O candidato “libertário” de extrema direita, Javier Milei, venceu o segundo turno das eleições presidenciais na Argentina com quase 56% dos votos, derrotando o candidato peronista Massa (que obteve 44%), ministro das Finanças cessante do país que renovou um acordo com o FMI e prometeu um governo de unidade nacional.

Nas últimas semanas, centenas de milhares de trabalhadores e jovens nos Estados Unidos juntaram-se ao movimento de solidariedade com a Palestina. Assistimos a protestos e manifestações em todas as grandes cidades, opondo-nos à guerra de limpeza étnica de Israel contra o povo de Gaza. Marchámos, gritámos roucos e exigimos o fim da matança unilateral. Neste contexto, a exigência de um cessar-fogo ganhou um eco mais amplo à medida que o movimento se pergunta: como podemos parar a matança? Como podemos intensificar as nossas ações e pôr efetivamente termo à catástrofe em Gaza?

Acossado, desde o começo de funções deste último governo, por casos e casinhos, escândalos e demissões, o primeiro-ministro pediu hoje ele próprio demissão como consequência da investigação do Supremo Tribunal de Justiça que conduziu já a buscas policiais à residência oficial do primeiro-ministro, a vários ministérios e diversas residências domiciliárias, bem como à detenção de vários empresários, CEOs, do presidente Câmara Municipal de Sines e do Chefe de gabinete de António Costa. Ao que tudo indica João Galamba, ministro das infraestruturas, será constituído arguído tal como o seu colega Duarte Cordeiro, ministro do ambiente. Não está descartada a constituição de arguido do próprio

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O massacre em Gaza alcançou agora a marca sombria de 10 mil mortos, enquanto mais de um milhão de pessoas foram deslocadas sem ter para onde ir. Para dar uma ideia da escala, as Forças de Defesa de Israel mataram mais pessoas em Gaza em um mês do que o número total de civis ucranianos mortos nos 21 meses (9.600, segundo uma estimativa do mês passado), desde o início da guerra na Ucrânia, em Fevereiro de 2022.

O exército israelita, depois de muita hesitação, iniciou finalmente operações terrestres em Gaza durante o fim de semana. Mas não se tratou de uma invasão em grande escala. Os chefes militares israelitas estão plenamente conscientes do grande risco que correm os seus próprios soldados se iniciarem combates rua a rua com tropas no terreno. Também têm receio de dar ao Hezbollah o pretexto necessário para alargar o conflito, abrindo uma segunda frente na fronteira norte com o Líbano. Então, o que é que Netanyahu e os seus generais estão a preparar?

Os camaradas do Socialist Appeal, a secção britânica da International Marxist Tendency (Tendência Marxista Internacional), têm sido alvo da polícia e do resto do establishment por desenvolverem uma campanha determinada de solidariedade com o povo palestiniano. Apelamos a que nos ajudem nesta luta. Intifada até à vitória!

Para justificar o seu bombardeamento genocida da Faixa de Gaza, o Estado israelita, com a cumplicidade dos imperialistas ocidentais, tenta apresentar-se como guardião de valores morais superiores face à “barbárie” palestiniana. Não poderia haver melhor exemplo da completa falência moral da classe dominante.

No domingo, 22 de outubro, os argentinos foram às urnas escolher o próximo presidente. As eleições decorreram no contexto de uma situação económica cada vez mais desesperada, com 40% do país a viver na pobreza, uma inflação de três dígitos e uma dívida pública devastadora. Esta é a expressão da crise global do capitalismo na Argentina, um país com uma economia capitalista atrasada, dependente da exportação de matérias-primas. 

Os comunistas na Grã-Bretanha foram atacados pela imprensa reacionária pelo uso do slogan, “Intifada até à vitória!” Desfazendo mentiras e distorções, publicamos a nossa resposta, que vê na verdadeira herança das Intifadas, fonte de lições e inspiração para revolucionários de todo o mundo.

A guerra genocida de Israel contra Gaza está a atingir uma fase crucial. As imagens horríveis de civis massacrados provocaram uma onda de repulsa em todo o mundo. Milhões de pessoas saíram às ruas nas capitais de todo o Médio Oriente e não só, exigindo ações de apoio a Gaza, enquanto centenas de milhares de pessoas no Ocidente protestaram contra a cumplicidade dos seus governos nos crimes de Israel.

A guerra de Israel em Gaza tem todo o potencial para escalar para um conflito muito maior, com frentes abertas na fronteira com o Líbano e na Cisjordânia, e tumultos espalhando-se por toda a região. Uma tal escalada teria um enorme impacto, não só em todo o Médio Oriente, mas em toda a situação mundial. Os bombardeamentos maciços em curso contra Gaza já estão a abalar o mundo, política, económica e socialmente.

Centenas de pessoas morreram no bombardeamento do Hospital Al-Ahli al-Arabi (Batista), no distrito de Al-Zeitoun, na Cidade de Gaza. O hospital não estava apenas cuidando dos seus próprios pacientes – muitos feridos em ataques aéreos israelenses – mas também estava abrigando milhares em busca de segurança contra o ataque do exército israelita. À medida que a notícia se espalhava, dezenas de milhares de manifestantes furiosos saíram imediatamente às ruas no Líbano, Jordânia, Turquia, Tunísia e Cisjordânia, atacando embaixadas israelitas e edifícios dos imperialistas norte-americanos e franceses. Uma cimeira entre líderes árabes e Biden na Jordânia foi, entretanto, cancelada.

Em 1857 os Cipaios, indianos que integravam as tropas da Companhia das Índias, revoltaram-se contra os seus amos. Na Inglaterra essa revolta dos “bárbaros” causou uma onda de espanto, terror e ódio que a imprensa se encarregou de espalhar e em alguns casos aumentar com detalhes inventados. Karl Marx, correspondente do New York Tribune, jornal americano com a maior circulação no mundo, escreveu um artigo em que evidenciou a hipocrisia histórica das classes dominantes em relação à violência consoante esta é praticada pelos seus pares ou pelos dominados. Hoje quase poderíamos reproduzir linha por linha este artigo em relação com o que se vive na Palestina.

Na sequência do ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro, o Estado israelita desencadeou uma represália sangrenta. No Ocidente, políticos capitalistas e a imprensa prostituta declaram apoio inabalável ao “direito de Israel de se defender” e classificam aqueles que demonstram solidariedade com a Palestina como “simpatizantes do terrorismo”. Isto está a ser combinado com a repressão jurídica da solidariedade para com o povo palestiniano, que tem de ser combatida corajosamente. Não seremos silenciados!